Entre o Desejo e a necessidade, encontra-se a humanidade.
Sabemos que tudo no universo é feito de alguma coisa, parte desta coisa conhecemos, que é o equivalente a 25% de todo o resto que não conhecemos.
Através de experiências sensoriais como tato, olfato, paladar, audição , adrenalina, medo, coragem , fome, acertos , erros, felicidade, perda , culpa, pensamentos, idéias, fé ,sonhos, são através de experiências como estas que conseguimos vivenciar esses 25% do universo que nos cerca, dando-nos cada uma delas, uma experiência psicológica, física e espiritual;
Algumas destas experiências manifestam-se através de nosso corpo e podem ser sentidas, através de estímulos cerebrais que se propagam através de nosso corpo nos dando “sensação propriamente dita”, as vezes as experiências são tantas que mal conseguimos definir o que sentimos, daí algumas chamam-se “barato” , ou nível de consciência alterado.
Tento dividir as experiências para ficar mais fácil, por exemplo : Experiências do corpo ( Necessidades )
Experiência de sentimentos ( Desejos )
Experiências do pensamento ( Necessidades + Desejo )
Qualquer uma das experiências pode viciar o ser - humano e iniciá-lo em um ciclo sem saída, um ciclo de altos e baixos dentro de uma experiência que já é limitada a 25% de tudo que poderíamos vivenciar, ou gostaríamos de vivenciar, talvez nunca possamos.
A necessidade quando levada a sua essência leva o ser – humano a esquecer suas experiências de pensamento que lhe dão parâmetros de conduta, quando isto acontece vemos um ser – humano partir para ações pouco ortodoxas para satisfazer esta necessidade, o desejo quando levado muito a sério, também leva as mesmas mazelas, pois também leva-nos a esquecer a experiência do pensamento, pois estes desejos ultrapassam nossa real necessidade daquela coisa, se é que existe necessidade alguma naquilo.
Buscamos inconscientemente vivenciar o mundo a nossa volta em todo o seu potencial, agindo tentamos satisfazer nossas necessidades e desejos tentando assim vivenciar fanaticamente esse viver, algumas experiências leva-nos a achar que somos melhores do que os outros que não conhecem a sensação...
Somos pré programados com funções básicas em nossas experiências onde a maioria sente determinada COISA diante de algo, ou seja a maioria deveria se sentir bem ao fazer algo bom pelos outros , e outras sentem o oposto, ou não sentem nada, com o passar dos anos aprendemos saciar estes desejos e necessidades de outras formas que não implicam em estar certas ou erradas, tratam apenas de saciar seus desejos e necessidades baseados em uma nova norma de conduta adquirida, herdada e alterada por experiências diárias da vida;
Para saciarmos nossas necessidades e desejos passamos a gostar de determinados tipos de coisas e não gostarmos de outras, portanto vemos que mesmos estímulos levam a diferentes experiências o que nos leva a ter digamos Vontades diferentes, portanto conflitantes, sobre o mundo como conhecemos, alguns gostam do A , outros gostam do B , outros do Timão, outros dos irmão.
Quanto maior a paixão por algo, maior a aversão a outro algo da mesma coisa, quando pensamos desta forma vemos que estaremos sempre no centro de um ciclo vicioso de saciar desejos e necessidades próprias, que necessariamente implicam em não agradar o que seria certo para outras pessoas com suas necessidades e desejos próprios.
Portanto até mesmo não fazer nada vai contra a necessidade que alguém tem de fazer com que você faça alguma coisa...
Perdidos coitados somos nós, que brigamos por vivenciar cegamente nossos 25% de um mundo maravilhosamente conflitante e infinitamente interessante, pois satisfazer as próprias necessidades e desejos é MUITO bom, implica numa explosão de experiências, porém somente dentro dos 25% possíveis.
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